Boletim da Zona Sul
Bagé: Município poderá ter a primeira escola cívico-militar do Brasil
A Escola São Pedro foi escolhida por já apresentar projeto nos moldes da proposta do MEC
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A Escola municipal de Ensino Fundamental São Pedro, em Bagé, com 750 alunos, poderá ser a primeira a receber os recursos do governo Federal por meio do Programa Nacional das Ecolas Cívico-Militares, conforme decreto assinado pelo presidente da República Jair Bolsonaro na semana passada. A implantação projeto-piloto deve ocorrer ainda em 2020. A proposta do Ministério da Educação é que a cada ano 54 escolas passem a funcionar com esse modelo.
Em entrevista à Rádio Gaúcha, o subsecretário e Política para Escolas Cívico-Militares, coronel Aroldo Cursino, adiantou que no primeiro momento serão duas escolas em cada estado e, no Rio Grande do Sul, a escola já havia se candidatado e tem um programa piloto em andamento. A outra deve ser indicada pelo governo do Estado. Pelos critérios de escolha, o educandário deve ter um baixo índice no Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), e que a comunidade esteja em vulnerabilidade social.
O diretor da escola, Gustavo Rossi, também em entrevia à rádiod a cpaital, destacou que os militares atuam como instrutores e cuidam da rotina da escola, como horário de entrada, frequência escolar e uso do uniforme. "A gestão pedagógica permanece sendo civil." Para o segundo semestre, a intenção é apresenta o programa piloto para as famílias.
Adesão
Os 26 estados e o Distrito Federal têm até 27 de setembro para indicar ao Ministério da Educação duas escolas que poderão receber o projeto em formato piloto já no primeiro semestre de 2020. Os colégios devem ter de 500 a 1 mil alunos do 6º ao 9º ano do ensino fundamental e/ou do ensino médio.
Escolas cívico-militares
Nesse método, os militares atuam como monitores para auxiliar na gestão educacional. A organização didático-pedagógica e a administração da escola ficam por conta dos civis. Atualmente, há no país 203 escolas cívico-militares em 23 unidades da federação. O secretário de educação básica do Ministério da Educação, Jânio Carlos Endo, disse que a decisão de expandir o modelo se baseia nos bons resultados apresentados por essas escolas em avaliações como a do Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), que avalia a qualidade das escolas públicas.
“As escolas cívico-militares apresentam resultados positivos na avaliação do Ideb que se mostram superiores aos das escolas civis com taxa de abandono escolar 70% menor e taxa de reprovação dos alunos 37,4% inferior”, explicou Endo.
Participação dos militares
Em uma primeira fase poderão ser convocados 540 militares da reserva para atuarem em até 30 escolas, de acordo com o ministro da Defesa, Fernando Azevedo. “Sabemos que o caminho é longo e que muitos serão os desafios, mas com o esforço conjunto e a união de todos, temos a certeza que esse programa nos dará bons frutos”.
O projeto faz parte do Compromisso Nacional pela Educação Básica, que busca avançar na qualidade educacional. A estimativa é de que o custo anual, por escola, seja de R$ 1 milhão.
Com informações do MEC
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